O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou no Twitter de “notícia falsa” a acusação de que sua equipe de campanha trabalhou com a Rússia e que, segundo as agências de inteligência, tentou interferir na corrida eleitoral em favor do magnata republicano.

O tuíte de Trump foi publicado num momento em que os diretores da polícia federal (FBI) e da Agência de Segurança Nacional (NSA) se preparam para comparecer ante o Congresso sobre o suposto conluio de Trump com a Rússia e sobre a explosiva acusação do presidente de que seu antecessor, Barack Obama, grampeou seus telefones durante a campanha.

O ex-diretor de inteligência “James Clapper e outros afirmaram que não há provas de conluio do Potus (siglas de ‘President of the United States’) com a Rússia. Esta história é NOTÍCIA FALSA e todo mundo sabe”, escreveu Trump na rede social.

“Os democratas inventaram e impulsionaram a história russa como desculpa por terem realizado uma terrível campanha. Grande vantagem no Colégio Eleitoral & perderam!”, acrescentou.

Os chefes do FBI, James Comey, e da NSA, Mike Rogers, falarão publicamente pela primeira vez de dois assuntos que estiveram no centro das atenções durante semanas, agitando a política e perturbando o novo governo.

A inteligência dos Estados Unidos acusou Moscou de ter hackeado servidores do Comitê Nacional Democrata no ano passado, algo que a Rússia negou enfaticamente.

Várias comissões do Congresso iniciaram investigações sobre o assunto, incluindo os comitês de Inteligência de Deputados e do Senado, que têm jurisdição sobre 17 agências de inteligência da nação, assim como as comissões de Justiça de ambas as câmaras.

Muitos legisladores manifestaram sua frustração pela falta de cooperação com o FBI.

O titular da comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, David Nunes, afirmou no domingo à rede Fox News que, baseado em “tudo o que tenho até este momento, não há provas de conluio” entre Trump e a Rússia.

Trump denunciou que, por trás das acusações que pesam sobre ele e seu entorno acerca de supostas conexões com a Rússia, há uma “caça às bruxas”.

Enquanto isso, o Congresso também abordará a denúncia de Trump de que o governo de Obama grampeou seus telefones durante a campanha eleitoral.

Jason Chaffetz, presidente do Comitê de Supervisão da Câmara de Representantes, exigiu ver provas das escutas telefônicas das quais Trump alega ter sido alvo.

“Se a Casa Branca tem alguma, por favor compartilhe conosco”, declarou à rede CNN.