Criado pelos empreendedores Rafael Parmigiano, diretor da Vifran, uma das maiores fabricantes de embalagens para o varejo do País; e Pompeu Besluci, sócio-diretor da marca de sapatos Di Pollini, o grupo Acelera Varejo nasceu, no fim de 2013, com 15 associados para discutir e trocar informações sobre o setor de varejo. Passados quatro anos, o negócio ganhou corpo. O grupo, antes restrito a São Paulo, partiu para o Rio de Janeiro e agora conta com 700 associados. São lojistas como Jogê, Rei do Mate, Any Any, Óticas Carol, entre outras, que usam os grupos de WhatsApp criados para a troca de informações. “O pessoal busca desde fornecedores até empresas de auditoria”, diz Parmigiano. “Muitos também disponibilizam currículos de profissionais. Estamos criando uma grande base de dados”, diz ele.

 

Se cuida, Alibaba!

Além de trocarem informações no WhatsApp, eles também se encontram em palestras e eventos patrocinados pelo banco Santander. Dá para entender o interesse externo no grupo. Juntas, as empresas que formam o Acelera Varejo faturam mais de R$ 18 bilhões por ano. “Há empresas de tecnologia nos procurando com o interesse de criar um marketplace para que os 700 varejistas do grupo vendam seus produtos que estão em estoque”, diz Parmegiano. Guardadas todas as devidas proporções, é o mesmo modelo de negócios que fez o chinês Alibaba ganhar o mundo. “O nosso objetivo é trazer valor para todos os associados.” De olho nisso, o Acelera Varejo também abriu um braço em Miami para ajudar lojistas brasileiros a montar o negócio nos Estados Unidos.

(Nota publicada na Edição 1027 da Revista Dinheiro, com colaboração: Cláudio Gradilone)