As manifestações que ocorrem desde cedo em vários pontos do país contra as reformas trabalhista e da Previdência prosseguem na noite de hoje (28), na cidade de São Paulo, e estão concentradas em dois pontos, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET): Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da cidade, e Marginal Pinheiros, com interdição da pista expressa, no sentido Interlagos, na zona sul.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, até o final da tarde de hoje, foram detidas 36 pessoas em todo o estado, sendo 21 na capital, em ações durante os protestos, por motivos diversos. Desses, seis foram levados por policiais militares ao 65º Distrito Policial (DP). Com eles, a polícia apreendeu um galão de combustível aberto, tochas e isqueiros.

Em nota, a secretaria informou que o grupo também portava pregos retorcidos, conhecidos como “miguelitos”, usados para furar pneus de carros e viaturas. Parte destes suspeitos atirou rojões contra os policiais. Três deles foram presos em flagrante por explosão, incêndio e incitação ao crime. Outros três, ouvidos como testemunhas, serão liberados, de acordo com a secretaria.

Mais quatro homens foram detidos em flagrante, no fim da madrugada, por terem bloqueado um trecho da Rodovia Anhanguera e por tentarem fazer um bloqueio na Avenida Jornalista Paulo Zingg, região de São Domingos. Nessas ações, conforme a secretaria, os manifestantes utilizaram artefatos para furar o pneu dos veículos e também colocaram pneus e atearam fogo, interditando as vias. Todos foram conduzidos ao 33º DP, autuados e vão responder por associação criminosa e atentado contra a segurança de outro meio de transporte. Eles foram liberados mediante ao pagamento de fiança.

Seis detidos levados para o 92º DP estavam tentando colocar fogo em um ônibus. Segundo a secretaria, como a ação não foi concluída – tendo sido colocado fogo apenas em uma caçamba de lixo – foi registrado um boletim de ocorrência de natureza “não criminal” e os manifestantes foram ouvidos e liberados.

Cinco dos 36 levados para distritos policiais foram detidos em Osasco, a oeste da Grande São Paulo. Eles murcharam o pneu de um ônibus e também foram liberados, após um deles, apontado como o autor da ação, assinar termo circunstanciado de atentado contra a segurança de outro meio de transporte.