A Islândia, o pequeno país do norte da Europa, é conhecido por ter um pouco de tudo: praias, montanhas, vulcões ativos, geleiras, estrelas da música exóticas como a Björk, e, mesmo com a sua proximidade com o Círculo Ártico, conta até um clima ameno em parte do ano por conta da corrente quente que vem do Golfo do México. O país de mais população mais esparsa da Europa, com menos de 400 mil habitantes, agora também pode abrir uma frente totalmente nova de produção energética. Cientistas islandeses realizam os primeiros estudos para a produção de energia geotermal a partir do magma. A expectativa do projeto de US$ 100 milhões é estabelecer uma nova fonte capaz de produzir até 10 vezes mais energia do que um poço geotermal comum.

Os estudos são feitos pelo Grupo de Pesquisa Geotermal da Islândia e o Estudo Geológico Britânico, com a participação de 38 instituições e empresas de 11 países, incluindo os EUA, o Canadá e a Rússia. O projeto contempla criar um furo de 2,1 quilômetros de profundidade para atingir uma câmara de magma dentro do vulcão Krafla, no norte do país. Atualmente, a Islândia produz toda a energia que consome por meio de fontes termais e hidrelétricas, e tem um projeto com o Reino Unido, para construir um cabo de 1 mil quilômetro de extensão ligando os dois países. Ele poderia abastecer 1,6 milhão de residências inglesas. Se os estudos com magma tiverem sucesso, esse objetivo será mais facilmente alcançado. Saiba mais sobre o projeto:

DIN1014-sustenta2

(Nota publicada na Edição 1014 da revista Dinheiro)