Rio de Janeiro - O secretário de Segurança Pública do Rio, Roberto Sá, durante coletiva da Operação Calabar deflagrada para prender policiais corruptos e traficantes, na Baixada Fluminense (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O secretário Roberto SáTomaz Silva/Agência Brasil

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, afirmou hoje (20) que a polícia não negocia com criminoso. A polícia tenta prevenir o crime, reprime as ações do crime organizado, investiga e entrega o criminoso à Justiça, disse Sá, durante cerimônia no quartel-general do Corpo de Bombeiros, no centro da cidade.

O advogado Jaime Fusco, que defende Antônio Francisco Lopes, o Nem, ex-comandante do tráfico de drogas na favela da Rocinha, propôs um acordo com a Secretaria de Segurança Pública para terminar com a guerra entre quadrilhas nesta comunidade da zona sul do Rio.

“Este é o meu recado”, respondeu o secretário. “O que a polícia faz é descobrir quem é o criminoso, prendê-lo e entregá-lo à Justiça”.

O secretário disse que soube, por intermédio do setor de inteligência, que Nem deu a ordem para o ataque à Rocinha no fim de semana para tentar reaver o controle dos pontos de venda de drogas na região. A comunidade é dominada por Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, antes ligado a Nem e que atualmente controla com mão de ferro a favela.

Operações conjuntas

Roberto Sá informou que, nos próximos dias, haverá novas operações integradas com a participação das Forças Armadas. Segundo ele, a secretaria está em contato permanente com as forças militares, e novas ações serão implementadas contra o crime organizado no Rio, dentro do Plano Nacional de Segurança.