A Moody’s afirmou em comunicado nesta sexta-feira, 26, que a alteração na perspectiva do rating soberano Ba2 do Brasil, de estável para negativa, não afeta diretamente o rating B1, com perspectiva positiva, da Petrobras. Segundo a agência, a perspectiva para a estatal prevê que ela se concentrará em sua estratégia para reduzir o endividamento e fortalecer seu desempenho operacional, o que pode melhorar a geração de caixa e as métricas de crédito.

A Moody’s avalia que as incertezas políticas não devem afetar substancialmente a capacidade da Petrobras de acessar os mercados de capital e que o risco de refinanciamento ou liquidez da companhia não deve aumentar.

A agência elevou o rating da Petrobras em 10 de abril, quando também mudou a perspectiva dos ratings dela de estável para positiva. A Moody’s diz que a venda de ativos da empresa poderia indicar uma redução em suas futuras receitas e no fluxo de caixa.

“Mas quaisquer ações que fortaleçam a liquidez da Petrobras, enquanto também melhoram suas margens operacionais e a alavancagem, teriam um impacto maior sobre a qualidade de crédito da companhia que reduções em sua produção, nas receitas ou na base de reservas”, sustenta a Moody’s.