O dólar fechou em alta pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, 19, impulsionado pela derrocada do petróleo e pela preocupação em torno da reforma da Previdência. Hoje finalmente foi apresentado o parecer do relator na comissão especial da Câmara, mas a votação foi adiada e o governo teve de fazer novas concessões.

O dólar à vista no balcão terminou com alta de 1,07%, a R$ 3,1462, após oscilar entre a mínima de R$ 3,1100 (-0,09%) e a máxima de R$ 3,1492 (+1,17%). O giro registrado na clearing de câmbio da B3 foi de US$ 1,239 bilhão. No mercado futuro, o dólar para maio avançava 1,28% por volta das 17h15, a R$ 3,1550. O volume financeiro somava US$ 14,612 bilhões. No exterior, o dólar subia ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, com destaque para os avanços ante o peso mexicano (+1,35%), o dólar australiano (+0,82%) e o peso colombiano (+1,07%).

Pela manhã, o relator Arthur Maia (PPS-BA) divulgou seu parecer na comissão especial, mas o governo foi obrigado a fazer um acordo com a oposição – que ameaçava obstruir o avanço do projeto – e a votação no colegiado acabou sendo adiada para a primeira semana de maio. Além disso, apesar de todas as mudanças negociadas no projeto original, levantamento feito pelo Grupo Estado, que até agora ouviu 264 dos 513 deputados, mostra 137 votos contrários, 38 favoráveis, 24 indecisos, 1 abstenção e 63 que preferiram não revelar a preferência – além do presidente da Casa, Rodrigo Maia, que não vota.

Enquanto isso, no cenário externo o dólar subia de maneira generalizada ante as moedas consideradas mais arriscadas, impulsionado pelo petróleo. O WTI para junho recuou 3,78%, fechando a US$ 50,85 o barril, após o relatório semanal do Departamento de Energia do governo dos EUA mostrar uma alta inesperada nos estoques de gasolina e um aumento no ritmo de produção de petróleo para o maior nível em 20 meses.