Na esteira da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na semana passada, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2017.

O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 18, que a mediana das previsões para a Selic este ano permaneceu em 7,00% ao ano. Há um mês, estava em 7,50%. O levantamento indicou ainda que a mediana das projeções dos economistas para a Selic no fim de 2018 caiu de 7,25% para 7,00% ao ano, ante 7,50% de um mês atrás.

A ata do encontro do Copom, publicada no dia 12, reforçou a mensagem de que o BC pretende reduzir o atual ritmo de cortes da Selic. Após ter cortado os juros em 1 ponto porcentual no início do mês, de 9,25% para 8,25% ao ano, o BC indicou a intenção de, no fim de outubro, promover corte mais moderado.

No Focus divulgado nesta segunda, a Selic média de 2017 seguiu em 9,84% ao ano. Há um mês, a mediana da taxa média projetada era de 9,91%. No caso de 2018, a Selic média foi de 7,03% para 7,00%, ante 7,30% de quatro semanas atrás.

Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica terminará 2017 em 7,00% ao ano, mesmo patamar projetado há uma semana. Há um mês, a mediana estava em 7,25%. Para 2018, a expectativa foi de 7,00% para 7,25%, ante os mesmos 7,25% de um mês antes.

Próxima reunião

Os economistas do mercado financeiro projetam corte de 0,75 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros) em outubro, de 8,25% para 7,50% ao ano, indicou a abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus. Nas últimas semanas, eles já projetavam um corte nesta magnitude.

No dia 6, além de anunciar a redução da Selic de 9,25% para 8,25% ao ano, o BC sinalizou a intenção de reduzir o ritmo de corte da taxa básica no encontro de outubro.

A abertura dos dados mostra ainda que a projeção para dezembro é de corte de 0,50 ponto. Assim, a Selic encerraria o ano em 7,00% ao ano. A Selic permaneceria neste patamar até janeiro de 2019, quando subiria 0,50 ponto porcentual, para 7,50% ao ano.