(Reuters) – Os preços do frete rodoviário no Brasil registraram uma alta de 11% no terceiro trimestre deste ano ante o imediatamente anterior e de 56% quando comparado ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento divulgado pela Repom nesta quarta-feira.

O valor médio do trimestre foi de 7,87 reais por quilômetro rodado, de acordo com o Índice de Frete Repom (IFR).

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No acumulado de janeiro a setembro, o preço fechou em 7,10 reais/km, sendo 40,12% desse valor correspondente a gastos com combustível.

De agosto para setembro, porém, houve uma queda de 4,6%, período em que a Petrobras fez três reduções seguidas no preço do diesel nas refinarias.

O indicador também mostrou que o custo de mão de obra do caminhoneiro na composição do preço médio do frete diminuiu de 14,82% no ano passado para 12,12% este ano. Em 2019, antes da pandemia, a proporção chegou a ser de 18%

“Percebemos que esses profissionais acabam barateando sua mão de obra para continuarem trabalhando, já que o preço dos demais itens só aumentou o custo operacional do frete nos últimos anos”, disse em nota o diretor da Repom, Vinicios Fernandes.

Do ponto de vista das cargas, o levantamento destacou que o frete do milho ficou 67% mais elevado, e o da soja 33%, no acumulado do ano em comparação com o mesmo período de 2021.

A pesquisa também analisou as variações dos preços deste ano sobre os de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, identificando um aumento de 65% no valor do frete do agronegócio.

O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição tem como base cerca de 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom, marca da Edenred Brasil.

A Repom é especializada em soluções tecnológicas de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga.

 

(Por Rafaella Barros)

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