O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa, disse hoje (27) em entrevista coletiva que a Polícia Militar não vai permitir bloqueio de vias importantes ou protestos em frente à casa do presidente Michel Temer, na capital paulista. “Não é a primeira vez que manifestação vai na direção da casa do presidente de da República. Nós vamos atuar exatamente como atuamos das outras vezes: nós vamos impedir, fazendo bloqueios na chegada à casa do presidente da República”, disse ao falar sobre o esquema montado para acompanhar os protestos marcadados para amanhã (28) contra as reformas da Previdência e trabalhista. 

Uma das principais manifestações do dia de paralisações, convocada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, terá concentração no final da tarde no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste paulistana. A previsão é que seja feita uma passeata até a casa de Temer, que fica na região. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) anunciou que pretende bloquear diversas vias da cidade. Já o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo realizará um protesto em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, centro da capital paulista. Anunciaram ainda adesão ao movimento, os sindicatos que representam os trabalhadores do metrô, dos trens metropolitanos e do sistema de ônibus.

Segundo o secretário, o bloqueio de estradas e vias arteriais, como as marginais ou o Corredor Norte-Sul, também não será permitido. “Toda artéria que é indispensável para a normalidade da vida de uma cidade não pode ser interditada”, ressaltou. De acordo com Mágino, são consideradas vitais ruas e avenidas que concentram serviços como hospitais, quarteis do Corpo de Bombeiros e escolas.

Para minimizar os impactos das paralisações, a prefeitura de São Paulo suspendeu para amanhã o rodízio de veículos e liberou a circulação de carros com mais de um passageiro nos corredores de ônibus. O governo estadual conseguiu na Justiça uma liminar que proibiu as greves do transporte sob trilhos, sob multa de R$ 937 mil para cada sindicato em caso de descumprimento.

Além do esquema de policiamento, Mágino disse que as unidades da Polícia Civil reforçaram os plantões para o caso de prisões durante os protestos. “Nós temos que trabalhar com a possibilidade de realizar prisões, então a gente precisa ter reforço nos departamentos envolvidos”, acrescentou.