Os preços do petróleo operam em forte queda nesta quarta-feira, negociados nos menores níveis em quatro meses, em meio à preocupação com o acúmulo maciço de estoques de petróleo nos EUA. O dólar mais forte contribui para o mau humor.

Às 9h44 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para maio caía 1,53% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 50,18 por barril, enquanto o WTI para o mesmo mês recuava 1,41% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 47,56 por barril.

Ontem, o American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) estimou que os estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos tenham aumentado 4,5 milhões de barris na semana passada.

Se este número for confirmado hoje pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), cujos dados saem às 11h30 (de Brasília), este será o 10º crescimento semanal consecutivo nos estoques da commodity.

Os investidores também estão olhando para o aumento da produção nos EUA, onde as empresas têm bombeado mais de 9 milhões de barris por dia durante as últimas quatro semanas.

Companhias de petróleo dos EUA investiram pesadamente em tecnologia nos últimos dois anos, tornando-os mais competitivos contra os rivais do Oriente Médio e Rússia, dizem analistas.

Diante disso, analistas apontam para a necessidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e grandes produtores como a Rússia precisarem estender seu o acordo de corte na produção para além de junho.

A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, disse que apoiará a possibilidade de esticar o acordo se necessário, mas os analistas estão preocupados com o fato de a Rússia não se comprometer.

Além disso, depois de várias dias em baixa, o dólar voltou a subir ante a maioria das principais moedas e emergentes, o que torna o petróleo mais caro aos detentores de outras moedas. Fonte: Dow Jones Newswires.