Os contratos futuros de petróleo mostravam-se mais estáveis na manhã desta quinta-feira, após recuos acentuados mais cedo nesta semana. O sentimento dos investidores, porém, continua afetado por dados que mostram que o mercado segue com excesso de oferta.

Às 6h47 (de Brasília), o petróleo WTI para julho operava em queda de 0,31%, a US$ 44,59 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto caía 0,09%, a US$ 49,96 o barril, na ICE.

Na quarta-feira, os contratos tiveram quedas superiores a 3%, com o WTI atingindo seu patamar mais baixo desde novembro, após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informar que a queda nos estoques na última semana foi inferior ao antecipado pelos mercados.

“O mercado neste momento está concentrado em se os estoques de petróleo irão ou não recuar”, disse Harry Tchilinguirian, diretor de estratégia de mercados de commodities do BNP Paribas.

Houve preocupação também com a inesperada alta nos estoques de gasolina, no relatório do DoE. Os números de ontem mostraram que a demanda por gasolina tem caído há três semanas seguidas nos EUA. “Nós ainda não chegamos no pico da temporada de motoristas nos EUA já que estamos apenas em junho, então temos de ver como o estoque de gasolina se comporta em julho e agosto”, afirmou Tchilinguirian.

O sentimento do mercado na quarta-feira já era negativo após a Agência Internacional de Energia (AIE) notar que a oferta global continua a superar a demanda, o que deve seguir ocorrendo pelo menos até o próximo ano, mesmo com o acordo liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção em várias nações, entre elas a Rússia. Fonte: Dow Jones Newswires.