O petróleo fechou em baixa nesta quinta-feira, 25, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciar um acordo com nações de fora do bloco para estender por mais nove meses um acordo para reduzir a oferta da commodity, até março de 2018. O anúncio, porém, não animou investidores, que já esperavam a medida e desejavam mais ações do cartel para equilibrar o mercado.

O petróleo WTI para entrega em julho fechou em queda de 4,79%, a 48,90 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), no patamar mais baixo em mais de uma semana. O Brent para julho, por sua vez, recuou 4,63%, a US$ 51,46 o barril, na plataforma ICE.

Vice-presidente para futuros de energia da corretora R.J. O’Brien & Associates, Ric Navy afirmou que o mercado está dizendo à Opep que “basicamente eles precisam fazer mais”. Analistas e operadores já esperavam uma extensão do acordo para reduzir a oferta por mais nove meses, mas não viram novas razões para otimismo.

“A extensão de nove meses já estava bem precificada nos mercados”, afirmou Kyle Cooper, consultor do Ion Energy Group em Houston. Segundo ele, alguns participantes do mercado esperavam que houvesse uma elevação no patamar do corte.

Alguns analistas questionam a eficácia do acordo liderado pela Opep, já que países como os Estados Unidos e o Canadá têm elevado sua produção em resposta a preços recentes mais altos. “O problema é que a Opep tinha dito em comunicado que faria ‘tudo que for necessário’, então as pessoas esperavam um pouco mais dessa reunião”, disse Nitesh Shah, estrategista de commodities da ETF Securities. Na avaliação dele, o petróleo não deve superar muito US$ 55 o barril neste ano.

“A Opep reduz, a produção dos EUA aumenta e o ciclo vicioso se repete”, disse Curt Taylor, presidente da Opportune LLP’s Ralph E. Davis Associates, uma companhia de engenharia do setor de petróleo. Fonte: Dow Jones Newswires.