Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 7, com preocupação sobre o empenho dos produtores da commodity em reduzir a oferta, enquanto a reunião de monitoramento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros grandes produtores continuou no radar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em baixa de 0,38%, a US$ 49,39 por barril. Já na IntercontinentalExchange (ICE), o petróleo Brent para outubro recuou 0,10%, a US$ 52,37 por barril.

A reunião da Opep nos próximos dois dias, em Abu Dabi, irá discutir o nível de conformidade dos membros do cartel em relação ao pacto de novembro do ano passado, que foi renovado em maio. Segundo o acordo, a Opep e outros dez grandes produtores que não pertencem ao cartel têm o compromisso de cortar sua produção combinada em cerca de 1,8 milhão de barris por dia até, pelo menos, março de 2018. No entanto, o pacto ainda não teve impacto significativo na produção e nos estoques globais de petróleo.

Há duvidas sobre a conformidade dos membros da Opep, já que relatos do mercado indicam que a produção do cartel subiu em julho, suscitando preocupações quanto ao cumprimento do acordo e ao aumento da oferta dos países originalmente isentos dos cortes: Nigéria e Líbia.

De acordo com a S&P Global Platts, a produção conjunta de julho dos dois países foi de 590 mil barris acima de outubro, que foi considerado o mês base para que os participantes do acordo determinassem os limites de produção. O relatório mensal oficial da Opep será publicado na quinta-feira.

Para a diretora de pesquisa do Standard Chartered, Emily Ashford, os contratos futuros são pressionados por temores de que os cortes na produção não estejam sendo respeitados. Investidores ficarão particularmente atentos, durante o encontro em Abu Dabi, à possibilidade de a Líbia aderir ao acordo.

Líbia e Nigéria, ambos integrantes da Opep, foram inicialmente excluídos do pacto, uma vez que sua produção vinha sendo prejudicada por ataques de militantes. No entanto, como a produção dos dois países africanos tem ganhado força, há uma visão crescente de que ambos deveriam também entrar no acordo.

O maior campo de petróleo da Líbia sofreu uma paralisação no fim do domingo, devido a uma manifestação com pessoas armadas, mas já voltou a operar normalmente nesta segunda-feira, segundo uma autoridade local. Fonte: Dow Jones Newswires.