Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, 21, pressionados pela expectativa de crescimento da produção americana e com os investidores atentos a uma reunião técnica da Organização dos Países Exportadores e Petróleo (Opep) e de outros grandes produtores. Um movimento de realização de lucros, após a forte alta da semana anterior, também contribuiu para a queda nos preços da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para outubro fechou em queda de 2,32%, a US$ 47,53 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para o mesmo mês recuou 2,01%, a US$ 51,66 por barril.

O eclipse solar e a perspectiva de maior demanda por gasolina nos Estados Unidos foi ignorada pelos investidores nesta segunda-feira. Eles aproveitaram o dia para realizar lucros, após a forte alta das últimas semanas.

O dólar mais fraco e a interrupção das operações do maior campo petrolífero da Líbia também foram deixados de lado, assim como a fala do ministro de Energia do Kuwait, Essam al-Marzouq, que afirmou que os estoques americanos estão caindo mais do que o esperado, em uma sinalização do “sucesso” do acordo de corte na produção da Opep.

“Os fundamentos do mercado de petróleo continuam a sofrer por agora, já que a produção dos EUA continua a avançar e a Opep, até agora, falhou ao tentar oferecer suporte ao mercado por meio de suas decisões”, disse Tyler Richey, editor do Stevens Report.

Nesta segunda-feira, o cartel se reuniu a outros grandes produtores em Viena, para uma reunião de monitoramento do acordo de redução na oferta. Entre os operadores, circularam relatos de que a conformidade da Opep em julho foi de 94%, no mesmo nível de abril. No fim do mês passado, o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, afirmou que a conformidade do pacto estava muito próxima a 100%.

Neste ano, o cartel e outros 10 produtores de petróleo, que não pertencem ao grupo, se comprometeram a reduzir sua produção combinada em 1,8 milhão de barris por dia até, pelo menos, março de 2018. No entanto, aumentos da produção de países como Líbia e Nigéria, que foram isentos do pacto inicialmente, também comprometem o cumprimento do acordo. Fonte: Dow Jones Newswires.