Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, após atingirem os menores níveis em quatro meses na sessão anterior, mas continuam pressionados por sinais de avanços na produção dos EUA.

Às 8h22 (de Brasília), o petróleo tipo Brent para maio subia 0,87% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 52,07 por barril, enquanto o WTI para o mesmo mês avançava 0,86% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 49,33 por barril. O WTI para abril, que vence no fim dos negócios de hoje, tinha alta de 0,64%, a US$ 48,53 por barril.

Desde o início de março, porém, o petróleo acumula perdas de mais de 7%, influenciado pelo avanço da produção de óleo de xisto e dos estoques nos EUA.

A queda recente apagou parte dos ganhos que a commodity apresentou desde que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia decidiram cortar sua produção combinada diária em cerca de 1,8 milhão de barris ao longo do primeiro semestre de 2017.

A perspectiva de que a situação de excesso de oferta continue tem desestimulado a demanda por contratos de petróleo.

“O mercado está menos convencido quanto à eficácia dos cortes (na produção) da Opep”, comentou Olivier Jakob, diretor gerente da Petromatrix, consultoria com sede na Suíça.

Na semana até 14 de março, as posições vendidas em petróleo WTI quase dobraram, para 128.947, segundo dados do U.S. Commodity Futures Trading Commission.

“A mudança de posições compradas para vendidas mostra que os gestores de recursos estão perdendo confiança no acordo da Opep”, avaliou Jonathan Chan, analista da Phillip Futures.

Outro fator que pesa negativamente é a retomada da produção de óleo de xisto nos EUA, após dois anos de estagnação. Os dados mais recentes mostram que a produção americana ficou acima de 9 milhões de barris por dia nas últimas quatro semanas, enquanto os estoques avançaram para 528,2 milhões de barris. Isso significa que os EUA ampliaram sua produção em 412 mil barris por dia desde que os pactos da Opep e da Rússia foram assinados. Fonte: Dow Jones Newswires.