A Petrobras divulgou nota na qual classifica como “simplista” e “desrespeitosa” com os brasileiros desempregados as acusações contra a atual diretoria de que prioriza a contratação de empresas estrangeiras. Sobre a retomada da obra da unidade de processamento de gás natural (UPGN) no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a petroleira ressaltou que o consórcio vencedor deve dar preferência à formação de parcerias com fornecedores nacionais. “A Petrobras reafirma sua política de buscar parceiros locais como prioridade, como já vem fazendo em vários processos de contratação em andamento, caso da planta de retirada de enxofre (SNOX) na refinaria Abreu e Lima (RNEST). No caso da central de escoamento de gás do pré-sal, fatiar a obra em vários contratos de menor valor com o objetivo único de garantir concorrentes de capital nacional aumentaria custos, riscos técnicos e de interface entre esses diversos contratos, situação contrária à necessidade de viabilizar novos investimentos ao país”, traz a nota. A estatal salienta ainda que a participação de empresas locais de menor porte está prevista no edital da licitação para a UPGN do Comperj por meio da exigência de que empresas estrangeiras que atuem em consórcios tenham, obrigatoriamente, como primeiro parceiro uma empresa nacional. Antes de iniciar a concorrência, a empresa identificou mais de 50 potenciais empresas que poderiam responder pela construção e montagem da UPGN. Mas 23 delas foram excluídas do processo por apresentarem patrimônio líquido ou risco financeiro incompatível com o porte da obra, segundo a Petrobras. Além disso, a petroleira argumenta que 20 das maiores empresas de engenharia e obras estão proibidas de fechar contrato com a estatal, por conta das denúncias de participação em esquema de corrupção no passado.