Sejam pequenas, médias ou grandes, as empresas que atuam no Brasil não viveram, nos últimos anos, o melhor de seus dias. Mas há exceções. Uma delas é a israelense Ituran, especializada em rastreamento de veículos. A companhia está crescendo a um ritmo de 20% ao ano, em média, desde 2011. Com faturamento projetado em mais de R$ 400 milhões neste ano – crescimento de cerca de 40% sobre o resultado de 2016 –, a Ituran está se aproveitando do alto índice de roubos e furtos de automóveis para aprimorar seus serviços para além da localização da moto ou carro roubado, como pacotes que incluem seguro e guincho. O combo chega a ser 50% mais barato do que um seguro completo convencional. “Apenas 30% da frota brasileira possui seguro, o que nos dá um gigantesco mercado a explorar”, diz Yaron Littan, CEO da empresa na América Latina.

Não por acaso, a operação brasileira da Ituran é a maior do mundo, representando 70% da receita global. Embalada pelo sucesso no mercado nacional, a empresa afirma que irá investir mais de R$ 200 milhões, nos próximos dois anos, para aprimorar suas tecnologias e ampliar serviços como o do aplicativo 55 Guinchos, lançamento pela Ituran como uma espécie de “Uber dos reboques”. “Vamos ampliar nossos serviços voltados aos automóveis com até 20 anos de uso e democratizar o acesso a seguro automotivo, que se torna impeditivo para a grande maioria da população devidos aos custos elevados”, afirma Littan.

(Nota publicada na Edição 1028 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Carlos Eduardo Valim, Cláudio Gradilone e Rodrigo Caetano)