O atacante Alexandre Pato está jogando na China, mas de olho nos Estados Unidos. Não, ele não recebeu nenhuma proposta para atuar na Major League Soccer (MLS). A sua ambição vai além. O jogador de futebol comprou uma participação de 10% no Soccer One, um aplicativo desenvolvido no Canadá pelo publicitário brasileiro Ricardo Sodré, que tem o objetivo de ensinar futebol aos americanos. “É como uma escola de futebol, que reproduz 50 movimentos, como chutes e passes, e também prepara treinos físicos para cada usuário por meio de algorítimos”, diz Sodré.

Chamariz para os americanos

Além de Pato e Sodré, o Soccer One conta com os sócios Paulo Barone, da clínica esportiva SportsLab, e Rogério Neves, ex-fisiologista da seleção brasileira de futebol. A meta é atingir, principalmente, os 3,8 milhões de praticantes federados americanos com idades entre 12 a 24 anos. “Já estamos fechando uma parceria com a federação de Iwoa”, diz Sodré. “O futebol tem crescido muito nos Estados Unidos e tem muito praticante que precisa de orientação.” Um dos chamarizes do projeto é ser elaborado por brasileiros.

Tecnologia na ponta do pé

Para cair no gosto dos gringos, o aplicativo é dotado da mais alta tecnologia. Seis jogadores profissionais brasileiros – três homens e três mulheres – foram até o Canadá e simularam, por dois dias, todas as jogadas em estúdio. Daí, surgiram os avatares que se destacam no app. “A tecnologia é similar a usada em videogames como o Fifa”, diz Sodré. Mas, afinal, como ganhar dinheiro com isso se o aplicativo é gratuito? O executivo pretende vender os espaços publicitários nas camisas dos avatares e também nas placas virtuais dos estádios. “Pretendemos faturar US$ 35 milhões no quarto ano de operação”, afirma Sodré.

(Nota publicada na Edição 1015 da revista Dinheiro)