O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto de Almeida, disse nesta quarta-feira, 5, que, em respeito ao Congresso, não há pontos da reforma da Previdência que possam ser classificados como “inegociáveis”. Ele, no entanto, citou a fixação da idade mínima de acesso à aposentadoria – 65 anos – como um dos pontos mais importantes da proposta de emenda constitucional encaminhada pelo Executivo ao Congresso.

“Se a reforma for diluída por questões políticas, em dois anos discutiremos de novo as regras de aposentadoria”, comentou o secretário durante debate promovido em São Paulo pela revista Istoé Dinheiro. Apesar das dificuldades em passar a matéria no Congresso, o secretário disse confiar na aprovação da proposta ainda neste ano.

Ele assinalou que, sem a reforma, as críticas serão direcionadas ao governo pela necessidade de aumento de imposto.

Também presente no debate, o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, comentou que reformar a Previdência é um trabalho complexo em qualquer lugar do mundo, porém necessário para preservar o beneficio previdenciário. “O intuito é manter a Previdência e para isso temos que fazer ajustes”, afirmou Caetano, acrescentando que, na prática, a regra de idade mínima converge a aposentadoria no Brasil ao que é comum “mundo afora”.