A reestruturação anunciada nesta segunda-feira, 20, pela Vale, que tornará a companhia em uma companhia de capital pulverizado, deverá contagiar as empresas brasileiras em busca de melhores práticas de governança corporativa, disse o presidente da mineradora, Murilo Ferreira.

“A Vale está dando a largada em relação a outras empresas de capital aberto e trazendo uma posição de referência para as empresas futuras”, disse. “As empresas brasileiras com o tempo verão o mérito dessa transação e com isso ela deverá ser replicada, fazendo o mercado de capitais brasileiro muito mais sólido e com participação muito mais intensa das pessoas”, disse.

Como parte desse processo, haverá uma etapa que consiste em conversão voluntária das ações preferenciais classe A em ordinárias. “Estou convencido que existe chance de obter um porcentual grande de aceitação”, disse o executivo. Segundo ele, a empresa notou um grande entusiasmo por parte dos investidores.

Outro efeito com a medida, disse, será um menor custo de captação para a companhia. Caso isso não ocorra, destacou, há a alternativa de tornar a conversão voluntária das ações para mandatória, ou ainda manter parte das ações preferenciais, o que na prática não permitiria que a Vale migrasse suas ações para o Novo Mercado.