Donald Trump anuncia cancelamento do acordo entre Estados Unidos e Cuba

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump –EPA/Agência Lusa/Cristobal Herrera

A publicação de um vídeo-montagem pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em seu perfil no Twitter causou polêmica no país no fim de semana. Ele aparece derrubando e espancando uma pessoa com a logomarca da CNN no rosto. Trump usou o vídeo para atacar a rede norte-americana, reconhecidamente democrata e uma das maiores críticas do governo. 

Em resposta, publicada no fim da tarde desse domingo (2), a CNN endureceu o tom contra Trump. Também no Twitter, a empresa disse que o presidente está se “comportando de forma juvenil, o que combina com a dignidade que o cargo exige”.  A CNN acrescentou que vai continuar a fazer o seu trabalho, e que Trump deveria começar a fazer o dele.

Originalmente, a montagem publicada por Trump era de 2007, de uma luta simulada entre ele e o presidente de uma empresa para um programa chamado A Batalha dos Bilionários.

Desde o começo do mandato,  Trump tem chamado a imprensa que publica denúncias contra ele de inimiga do povo e sempre adota uma postura de desqualificar os meios de comunicação que o criticam. Em outra postagem no Twitter, logo depois do vídeo-montagem, Trump diz a seus seguidores que a mídia falsa está tentando silenciá-lo, mas que as pessoas sabem a verdade e que é presidente e eles não.

A maneira como Donald Trump usa o Twitter desagrada boa parte dos americanos. Uma pesquisa publicada em março pela Fox News, uma companhia reconhecidamente republicana, mostra que 71% da população acreditam que os posts de Trump no Twitter atrapalham seu desempenho como presidente.

Para alguns analistas, ao criticar a imprensa, Trump tenta desviar o foco dos problemas que enfrenta, como as denúncias da interferência russa em seu governo.  A popularidade dele é baixa:  39%.

Várias regiões têm registrado protestos, especialmente Nova York e a Califórnia. Ontem, manifestantes californianos pediram o impeachment dele e criticaram as medidas anti-imigração adotadas em seu governo.