O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, nega que a queda do número de empregos formais no mês de março gera a sensação de frustração para o governo. “Não há frustração porque a comparação com 2016 mostra metade da perda de emprego. Vamos melhorando mês a mês e a perda de emprego vem reduzindo sistematicamente”, afirmou.

Nogueira explicou que a confiança continua no governo porque os números mostram que o ritmo de destruição de empregos é cada vez menor. “Em março de 2016, foram fechados 118,7 mil empregos. Agora, tivemos 64,6 mil empregos. O ritmo está menor. Não houve frustração e a expectativa positiva se mantém”, disse.

Questionado, Ronaldo Nogueira rechaçou a avaliação de que pode ter havido comemoração precipitada em fevereiro, quando o dado do emprego foi anunciado no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer. “Não houve comemoração precipitada em fevereiro, quando houve criação de empregos.”

Para o ministro, os indicadores de confiança nas empresas, investidores e famílias indicam que a economia começa a reagir e, por isso, há confiança. “Vamos recuperar os dados positivos de empregos; estamos confiando no Brasil.”

O ministro do Trabalho ressaltou que não é possível que o emprego de alguns setores se recupere em períodos muito curtos. Na construção civil, por exemplo, Nogueira citou que a criação de empregos só deve ser vista em alguns meses e citou agosto como possível virada no emprego da construção. Mesmo assim, reafirmou a aposta de que abril poderá voltar a ter números positivos.

Abril

Mesmo com a má notícia de que o Brasil voltou a perder empregos em março, Ronaldo Nogueira demonstrou confiança na retomada da criação de empregos no curto prazo. “Acredito que em abril poderemos ter uma sinalização positiva.”

O ministro argumenta que a economia brasileira poderá voltar a ter criação líquida de empregos porque há sinais de retomada da confiança e na retomada da demanda. “Lógico que eu gostaria de estar noticiando a continuidade dos números positivos e espero que em abril, quando estivermos aqui, poderemos estar analisando números positivos”, disse.

Reforma trabalhista

Durante a entrevista, o ministro comentou que não há ressalvas ao relatório da reforma trabalhista apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). “Não há críticas em relação ao texto. Preciso elogiar o relator por produzir um texto que é resultado das audiências públicas.”