São Paulo, 29/04 – O milho safrinha em Mato Grosso do Sul começa a sentir os efeitos da estiagem no Estado, situação que pode frustrar a previsão de supersafra do cereal este ano, informou a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), em nota, baseada em dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS).

Conforme o boletim do Siga, não há previsão de chuva no Estado para esta semana e nem em 15 dias, contados a partir de ontem (28 de abril). “Além disso, a chuva de granizo ocorrida na noite de 13 de abril atingiu lavouras de milho dos municípios nas regiões oeste, sudoeste, sul-fronteira e sudeste, concentrando-se nas regiões sul-fronteira e sudeste”, diz a nota, com maiores perdas relatadas em Amambaí, Aral Moreira, Bonito, Mundo Novo e Naviraí.

Nesse boletim, diante da situação de imprevisibilidade, os técnicos não incluíram a estimativa de produtividade para o milho, o que constava nos boletins anteriores, baseados na média colhida por hectare na safra passada. Até mesmo a área – 1,977 milhão de hectares, menor em 9,02% em relação à área do ano passado – ainda será confirmada nas próximas duas semanas pelas equipes de campo. Geralmente há um aumento deste valor após a averiguação in loco.

Mesmo que se confirme a área atual, será a segunda maior dos últimos sete anos, perdendo apenas para a área do ano passado, que foi recorde: 2,173 milhões de hectares. Consequentemente, era esperada uma supersafra de milho no Estado neste ano, embalada pelos bons preços do produto no mercado internacional.