O Mercosul rejeitou o uso da força para restaurar a democracia na Venezuela e afirmou que, diante da escalada verbal entre Caracas e Washington, o governo venezuelano “não pode aspirar a uma convivência normal”.

Em um comunicado divulgado neste sábado pela chancelaria uruguaia, os membros do Mercosul declararam “o repúdio à violência e a qualquer opção que implique uso da força”.

Nesse sentido, os membros garantiram que “continuarão insistindo, individual e coletivamente, para que a Venezuela cumpra com seus compromissos que assumiu, de maneira livre e soberana, com a democracia como única forma de governo aceitável na região”.

“O governo venezuelano não pode aspirar a uma convivência normal com seus vizinhos na região até que se restabeleça a democracia no país”, afirmou a nota dos membros do bloco, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Segundo o comunicado, o Mercosul votou em 5 de agosto a suspensão da Venezuela do bloco por uma clara “ruptura da ordem democrática” com um aumento da repressão e um retrocesso das liberdades individuais.

Diante da escalada de declarações entre os governos da Venezuela e dos Estados Unidos, o Mercosul ressaltou que “os únicos instrumentos aceitáveis para a promoção” democrática são o diálogo e a diplomacia.