O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou no início da noite desta terça-feira,8, que aumento de imposto só vai ocorrer em último caso. O dirigente voltou a falar que há estudos para elevar a alíquota do imposto de renda (IR) para pessoas físicas, mas não há nada ainda definido sobre o tema e o governo tem até o próximo dia 31 para avaliar o que vai fazer para conseguir mais recursos e fechar o orçamento de 2018.

“De fato existem no âmbito técnico do governo estudos diversos sobre impostos, inclusive o imposto de renda”, disse o ministro a jornalistas após fazer palestra de uma hora em evento da Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias de veículos. “Aumento de imposto só em último caso”, afirmou o titular da Fazenda.

Estes estudos, no entanto, ainda não foram levados para a avaliação de Meirelles, ele ressaltou aos jornalistas. “São meramente estudos preliminares”, disse o ministro, destacando que entende a repercussão deste tipo de medida na população e é justo que a sociedade se posicione a respeito. “O governo não pode causar surpresas na população o tempo todo.” Hoje, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou a possibilidade de elevar tributos e disse que a medida não passaria no plenário da casa.

O governo tem até o dia 31 de agosto para definir a questão do Imposto de Renda e outras medidas para o orçamento de 2018. “Definido ainda não temos nada”, ressaltou o ministro, mencionando que há diversos estudos dentro da equipe econômica, incluindo em outros ministérios. “O fato de haver estudos não quer dizer que isso será aprovado.”

Além de avaliar a alta do IR, Meirelles disse que há outras medidas em análise, incluindo corte de gastos públicos.