Em evento fechado para investidores e empresários, promovido pela Consulting House, em São Paulo, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, admitiu a falta de tempo para lidar com temas ligados ao setor de mineração diante da complexidade dos outros assuntos da pasta. Segundo ele, 70% de seu tempo está voltado hoje ao setor elétrico e o restante concentrado na indústria de óleo e gás. Apesar disso, Coelho garante estar pessoalmente empenhando em um tópico específico: a retomada das atividades da Samarco, esperada para o segundo semestre. Para o primeiro semestre, a expectativa é conseguir criar a agência reguladora de mineração, que deve ajudar a elevar o peso do setor dos atuais 4% para 6% do PIB nos próximos anos.


Queridinho, pero no mucho

Uma das razões que explicam a predominância do setor elétrico dentro do ministério é o aumento da judicialização. Pelos cálculos do ministro, se todos os custos adicionais fossem repassados à tarifa, os consumidores brasileiros teriam de arcar com uma fatura extra de R$ 90 bilhões. “O setor elétrico deixou de ser estável”, afirmou Coelho. Uma revisão do marco regulatório está em estudo.

(Nota publicada na Edição 1019 da Revisa Dinheiro, com colaboração de: Carlos Edurado Valim, Gabriel Baldochi e Moacir Drska)