O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, afirmou nesta quarta-feira, 7, em sua página no Twitter que a reforma da Previdência é necessária e, se não for feita agora, precisará ser ainda mais dura no futuro. O secretário ainda demonstrou otimismo com o País, apesar da crise política. “As coisas poderiam estar melhores? Claro que sim. É essencial continuar a agenda positiva das reformas, em especial a Previdência”, disse Almeida na rede social.

O secretário destacou a necessidade de a reforma da Previdência ser aprovada “o mais rápido possível”. Na Câmara, no entanto, o clima é de paralisia e há a percepção entre lideranças de que a proposta pode ir à votação em plenário apenas no segundo semestre.

“Eu sinceramente espero que a reforma da Previdência seja aprovada o mais rápido possível, pois estamos atrasados nessa mudança há 20 anos”, disse Almeida. “O Brasil fará uma reforma da Previdência. Se não fizermos, a reforma em 2018 ou 2019 será mais dura. Não há como esconder o problema.”

O secretário ainda destacou avanços em indicadores econômicos, como o risco-país, a taxa real de juros paga pelo Brasil nos títulos públicos e o valor do real ante o dólar. Ele também fez questão de afirmar que a equipe econômica segue trabalhando por medidas. “No Ministério da Fazenda, agenda continua com muitos estudos e muitas reuniões. Na próxima semana, (temos) diversas reuniões com investidores externos”, disse Almeida.

Na pauta, segundo o secretário, estão reuniões para discutir a modelagem da privatização das distribuidoras de energia elétrica das regiões Norte e Nordeste. “No setor de energia, haverá várias notícias boas à frente. O setor foi castigado no governo passado, mas governo está avançado nessa agenda”, disse.

Almeida afirmou também que há “agenda extensa de política econômica” sob a coordenação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O secretário frisou ainda a importância da agenda da produtividade, conduzida de perto pelo economista João Manoel Pinho de Mello, chefe da Assessoria Especial de Reformas Microeconômicas. “Há uma agenda ainda longa de reformas. Muita coisa a fazer, mas estamos caminhando na direção correta sob a coordenação de Meirelles”, disse.

Nesta quarta, mais cedo, o ministro da Fazenda inaugurou seu perfil na rede social. Direto de Paris, onde participa da reunião do conselho de ministros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Meirelles escreveu que a candidatura do Brasil como país-membro da OCDE “está sendo bem recebida”.