A luxuosa – e grandiosa – mansão que pertenceu ao ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira (1) será leiloada no próximo dia 11 de agosto. O lance inicial é de R$ 76,8 milhões, uma pechincha visto que a construção do imóvel, com mais de 5 mil metros quadrados, consumiu R$ 140 milhões.

Mas, por incrível que pareça, até agora não apareceu nem um interessado. A culpa do desinteresse? A Lava Jato. É essa a explicação dada por Vânio Aguiar, administrador da massa falida do Banco Santos, de Cid Ferreira. “Antes da Lava Jato, há cerca de dois anos, tínhamos seis interessados em comprar a casa”, diz Aguiar.

Dentre eles, um pastor, um bicheiro e Joesley Batista (2). Sim, um dos maiores acionistas do grupo J&F e delator que gravou o presidente Michel Temer. “Ele chegou a visitar o imóvel em três ocasiões e iria transformar a casa em uma espécie de Itamaraty, para receber pessoas e reuniões de negócios”, diz Vânio.

O negócio só não foi concluído porque, na época, a Justiça não permitiu o leilão. Atualmente, R$ 1,54 bilhão já foram recuperados da massa falida do Banco Santos e R$ 1,34 bilhão já foram destinados para pagar os credores.

(Nota publicada na Edição 1030 da Revista Dinheiro)