O Banco do Brasil quase dobrou o lucro líquido reportado no primeiro trimestre ao entregar expansão de 95,6%, para R$ 2,515 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 1,286 bilhão. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 1,747 bilhão, o resultado da instituição – que encerra hoje a temporada de balanços dos grandes bancos – registrou aumento de 43,9%.

O lucro líquido do BB veio em linha com as projeções de analistas do mercado financeiro. A média das projeções de sete casas consultadas na Prévia Broadcast (Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, UBS e duas casas que preferiram não serem mencionadas) indicava lucro líquido ajustado de R$ 2,545 bilhões.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

De acordo com o Banco do Brasil, o resultado do primeiro trimestre teve reflexo, principalmente, do aumento das rendas de tarifas e redução da despesa de provisão, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2016, o desempenho do banco foi impactado pelo aumento dos gastos com calotes.

O lucro líquido do BB considerando eventos extraordinários foi a R$ 2,443 bilhões de janeiro a março, aumento de 3,6% na comparação com 12 meses, quando o resultado somou R$ 2,359 bilhões. Ante os três meses imediatamente anteriores, de R$ 963 milhões, subiu 153,6%.

Dentre os eventos não recorrentes no primeiro trimestre ante um ano, o BB cita, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, reservas para eventuais demandas cíveis com planos econômicos, provisão extraordinária com demandas contingentes.

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil, que considera títulos privados e garantias, encerrou março com saldo de R$ 688,689 bilhões, diminuição de 2,7% na comparação com dezembro, quando estava em R$ 708,059 bilhões. Já em relação ao mesmo período de 2016, de R$ 777,454 bilhões, foi vista retração de 11,4%. A carteira classificada somou R$ 638,336 bilhões ao final de março, queda de 2,3% sobre dezembro e de 9,3% em 12 meses.

As operações voltadas a pessoas físicas encolheram 1,4% de janeiro a março ante os três meses anteriores e 1,3% em um ano, para R$ 184,752 bilhões. Já a carteira de pessoa jurídica fechou o primeiro trimestre com saldo de R$ 238,827 bilhões, recuos de 4,2% e 16,7%, nesta ordem.

Ao final de março, o BB contava com R$ 1,402 trilhão em ativos totais, praticamente estável em um ano, com queda de 0,2%. Em relação a dezembro, quando somava R$ 1,401 trilhão, foi vista elevação de 0,1%.

O patrimônio líquido do BB foi a R$ 89,820 bilhões no primeiro trimestre, alta de 6,7% em 12 meses e de 3,0% em relação ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado (RSPL) ficou em 10,4% ao final de março contra 5,6% e 7,2%, respectivamente.