Os juros futuros desaceleraram a queda nesta manhã de segunda-feira, 17, pressionados pela inversão de sinal de baixa para alta do dólar ante o real. As taxas curtas reagem mais aos dados domésticos, que ficaram dentro das expectativas dos economistas do mercado financeiro, enquanto as longas refletem o movimento global.

No Brasil, o IGP-10 avançou 0,93% em julho, desacelerando em relação ao aumento de 1,86% registrado no mês anterior. O resultado superou a mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, calculada em 0,83%, a partir do intervalo de 0,32% a 1,30%.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) reverteu a alta de 0,50% registrada em abril e recuou 3,34% em maio, na série com ajuste sazonal, em função da greve dos caminhoneiros. O desempenho ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre -5,70% e -2,10% (mediana em -3,40%). Na comparação com maio de 2017, houve baixa de 2,90%.

No relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, o mercado fez pequenos ajustes em suas projeções para a inflação e o PIB deste ano. A mediana das expectativas para o crescimento do PIB em 2018 caiu de 1,53% para 1,50%, enquanto para 2019 seguiu estável 2,50%. Após diversas revisões altistas, as expectativas para o IPCA recuaram de 4,17% para 4,15% neste ano e permaneceram em 4,10% para 2019. No câmbio, a mediana das expectativas para o final deste ano não foi alterada, seguindo em R$ 3,70, enquanto para o final de 2019 a mediana passou de R$ 3,60 para R$ 3,68. Por fim, as medianas das expectativas para a taxa Selic no final deste ano e do próximo foram mantidas em 6,50% e 8,00%, nessa ordem.

Às 9h23, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 indicava 8,19%, de 8,21% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava a 9,17%, de 9,21% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 recuava a 10,59%, de 10,64% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 0,03%, aos R$ 3,8507. O dólar futuro de agosto estava estável, a R$ 3,8580, após registrar mínima a R$ 3,8420 (-0,41%) e máxima, aos R$ 3,8605 (+0,06%).