O advogado Jean Paul Prates ocupará a presidência da Petrobras, anunciou a petroleira nesta quinta-feira (26), confirmando a nomeação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do ano passado.

“O Conselho de Administração, em reunião realizada hoje, (…) o elege por unanimidade para o cargo de presidente”, disse a estatal em comunicado.

Advogado com experiência em hidrocarbonetos e energias renováveis, Prates havia sido escolhido por Lula pouco antes de assumir o seu terceiro mandato como chefe do Executivo brasileiro, em 1º de janeiro.

“Muito me honra a escolha do Presidente Lula que coloca sobre mim a responsabilidade de conduzir uma empresa que é patrimônio de todos os brasileiros”, respondeu, na ocasião, o titular da petroleira, que deve se encontrar com Lula ainda nesta quinta-feira.

O então senador pelo PT do Rio Grande do Norte renunciou ao seu cargo esta semana para assumir o novo cargo.

Prates tem mestrados em Economia, Gestão de Petróleo, Gás e Motores, Política Energética e Gestão Ambiental por universidades na França e nos Estados Unidos.

O ministério de Minas e Energia havia anunciado a nomeação de Prates em 3 de janeiro. Na terça-feira (24), seu pedido já havia sido aprovado pelo departamento de ética da Petrobras.

Antes de sua posse, ele já havia comunicado mudanças na política de preços da petroleira, que fixa o valor dos combustíveis com base no preço internacional do barril.

Na terça, o preço da gasolina subiu 7,46% para as distribuidoras, o primeiro ajuste feito sob o novo governo e 45 dias após a última alteração.

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a empresa teve quatro presidentes: Roberto Castello Branco, Joaquim Silva e Luna, José Mauro Coelho (por um mês e meio) e Caio Paes de Andrade.

Bolsonaro destituiu cada um por discordar dos constantes aumentos no preços da Petrobras, que controla o mercado brasileiro de combustíveis.

O movimento sindical, por sua vez, deu as boas-vindas ao novo presidente.

A designação de Prates “representa o início de uma nova era em direção ao crescimento e à retomada do papel da empresa como indutora do desenvolvimento econômico e social do país”, afirmou, em nota, o presidente da Federação Única de Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.