O IRB Brasil Resseguros protocolou Junot à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedidos de registro de companhia aberta e de autorização para realização de oferta pública. Além disso, a companhia pediu também registro de distribuição pública secundária de ações ordinárias, a ser realizada pelos integrantes de seu bloco de controle.

Neste mês, os acionistas do IRB Brasil Re haviam confirmado, em comunicado ao mercado, que o IPO da empresa foi aprovada em assembleia, conforme antecipou a Coluna do Broadcast. Apesar de darem aval para a abertura de capital do ressegurador, os acionistas não aprovaram, na ocasião, o pedido de arquivamento da operação junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“A companhia ressalta, no entanto, que referido pedido e solicitação não serão apresentados nesse momento à CVM, tendo em vista que dependerão de conjuntura favorável do mercado de capitais, não devendo, portanto, o presente comunicado ao mercado ser considerado como anúncio de oferta”, destacou o Itaú Unibanco, em comunicado divulgado no dia 19.

O objetivo dos acionistas do ressegurador era deixar a operação encaminhada para aproveitar a janela que se abriria em julho. Isso porque havia uma boa expectativa, de acordo com fontes, uma vez que a corretora XP Investimentos abandonou seus planos do IPO após selar negócio com o Itaú Unibanco. No entanto, a crise que se instalou após as delações da JBS fez com que a tentativa de IPO fosse adiada pela terceira vez.

A União controla o IRB com 27% do ressegurador e divide o bloco de controle com a BB Seguridade, com 20,43%, Bradesco Seguros, 20,43%, e Itaú Unibanco, com 15%.

Os acionistas do IRB também aprovaram a adesão do ressegurador ao Novo Mercado, segmento de mais elevado grau de governança corporativa. O IPO é tido como o último passo do processo de desestatização da companhia, fundada em 1939 e que deteve por cerca de 70 anos o monopólio do mercado de resseguros no Brasil. A operação foi aprovada pelo conselho de desestatização da companhia e tem de ocorrer até 2018.