Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – de 2018. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de 4,17% para 4,15%. Há um mês, estava em 3,88%. Já a projeção para o índice em 2019 permaneceu em 4,10%. Quatro semanas atrás, também estava em 4,10%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa permaneceu em 4,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% para ambos os anos.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Em 6 de julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de junho subiu 1,26%, sob o efeito da greve dos caminhoneiros, que perdurou até o início do mês passado. A taxa acumulada no primeiro semestre foi de 2,60% e nos 12 meses encerrados em junho de 4,39%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 no Focus continuou em 4,10%. Para 2019, a estimativa do Top 5 passou de 4,00% para 4,06%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,83% e 4,00%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto um mês atrás.

Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para a inflação em julho de 2018 de 0,35% para 0,33%.

Para agosto, a projeção continuou em 0,10% e, para setembro, permaneceu em 0,21%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,18% e 0,27%, respectivamente.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho, o BC informou que suas projeções de inflação no curto prazo são de 0,27% em julho e 0,20% em agosto.

No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,80% para 3,77% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,39%.

Projeção mediana

A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 4,17% para 4,11%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 42 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,94%.

Em 6 de julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de junho subiu 1,26%, sob o efeito da greve dos caminhoneiros que perdurou até o início do mês passado. A taxa acumulada no primeiro semestre foi de 2,60% e nos 12 meses encerrados em junho de 4,39%.

No caso de 2019, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis permaneceu em 4,10%. Há um mês, estava no mesmo patamar.

Essas projeções do IPCA que consideram apenas os últimos 5 dias úteis são uma das novidades do novo formato do Focus. As projeções gerais do IPCA, que seguem fazendo parte do Focus, levam em conta os últimos 30 dias. Conforme o BC, a intenção de divulgar projeções com base nos últimos dias úteis tem como objetivo mostrar um retrato mais tempestivo do indicador de inflação.

Outros índices

O Focus mostrou, ainda, que a mediana das projeções do IGP-M de 2018 passou de 7,67% para 7,70%. Há um mês, estava em 7,04%. No caso de 2019, o IGP-M projetado foi de 4,48% para 4,47%, ante 4,47% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.