Depois de um primeiro semestre pior do que o esperado, o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) revisou para baixo nesta terça-feira, 18, sua estimativa de vendas para este ano. A nova projeção é de que as vendas da rede de distribuição caiam 5% neste ano em relação ao ano passado, ante uma estimativa anterior de recuo de 2%.

Segundo o presidente do Inda, Carlos Loureiro, considerando o acumulado dos últimos 12 meses do ano, a queda em relação ao mesmo período do ano anterior é de 5,6%. Já na comparação de semestre contra semestre o recuo chega a 11%.

O desempenho do Inda vem na contramão do consumo aparente de aço plano no Brasil, que no primeiro semestre cresceu cerca de 14%. Isso porque, explica Loureiro, parte desse crescimento está vindo do setor automotivo e o de máquinas agrícolas, que compram diretamente das usinas e não da rede de distribuição. O motivo desse descolamento, segundo o executivo, é a perda do market share para produtos importados e ainda a penalização da rede de distribuição dos seguidos aumentos de preços capitaneados pelas siderúrgicas.

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O aumento de preços da Usiminas para a bobina a quente, conforme antecipado pela Coluna do Broadcast, valerá a partir do dia 21 de julho, disse nesta terça-feira o presidente do Inda. Já a ArcelorMittal reajustará seus preços em 10% para a rede de distribuição a partir do dia 24 e a Gerdau no dia 1 de agosto, também com o porcentual de 10%.

O executivo disse que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) ainda não comunicou reajustes, mas a expectativa é de que a empresa siga o mesmo caminho.

Loureiro explicou que a razão do aumento de preços para a bobina a quente – e não para o produto a frio – é que hoje há mais riscos de aumento de importação para a bobina a frio, dado o diferencial de preço do produto nacional do importado. O fino a frio está hoje com um prêmio – diferença do preço nacional em relação ao importado nacionalizado – de 10%. No caso do fino a quente, esse porcentual será alcançado após essa rodada de aumento.