Depois de cinco altas consecutivas, a Bovespa cedeu a um leve movimento de realização de lucros nesta terça-feira, 14, e fechou em baixa de 0,38%, aos 66.712,88 pontos. A correção foi concentrada nas ações da Vale, principais alvos das ordens de venda no dia. Em contrapartida, os papéis da Petrobras subiram e amenizaram o efeito das perdas da mineradora. Os negócios totalizaram R$ 8,75 bilhões.

A principal expectativa do dia girava em torno da participação da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no comitê de bancos do Senado dos Estados Unidos. O discurso aparentemente mais “hawkish” (duro) da comandante do BC norte-americano chegou a aprofundar o movimento de baixa, levando o Ibovespa a cair até 1,07%. Uma segunda leitura, no entanto, favoreceu uma recuperação do índice, que voltou a testar o patamar dos 67 mil pontos.

“O discurso foi um pouco mais duro, deixando claro que a elevação dos juros será discutida em todas as reuniões. Mas seria imprudente promover um aperto monetário já na reunião de março, antes que se conheça bem quais serão as medidas fiscais que Donald Trump tomará”, disse Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.

Passado o impacto inicial do discurso, as bolsas norte-americanas voltaram das mínimas do dia e passaram a subir. Pesou, entre outras coisas, o apoio de Yellen aos decretos de Trump no sentido de rever da regulamentação financeira no país. A Bovespa seguiu a recuperação e chegou a subir 0,21%, alinhada à melhora em Wall Street.

A elevação acabou por não se sustentar, uma vez que as ações da Vale e das siderúrgicas mantiveram firme movimento de realização de lucros. Vale ON e PNA tiveram quedas de 3,94% e 3,36%, respectivamente. Na véspera, haviam disparado 9,18% e 6,79%. Os papéis da Petrobras avançaram durante todo o dia, acompanhando as altas dos preços do petróleo. Ao final do dia, Petrobras ON e PN subiram 1,51% e 1,28%.