Como era de se esperar, a greve geral voltou a polarizar o debate nas redes sociais. De um lado, a hashtag #Brasilemgreve e #GrevegeralnoBrasil (usuários a favor do movimento); do outro, #euvoutrabalhar (os contra).

Além disso, fala do subprefeito de Pinheiros, Paulo Mathias, sobre ser favorável às greves, “mas não em dias de trabalho” virou motivo de piada na internet. Outro que “causou” no Twitter e no Facebook foi o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “Eu acordo cedo e trabalho. Eu não sou grevista que dorme, é preguiçoso e acorda tarde. Eu não sou Jaiminho, não”, disse fazendo referência ao personagem carteiro do seriado mexicano Chaves e também ao ex-prefeito Fernando Haddad (que era assim chamado pelo historiador Marco Antonio Villa, na rádio Jovem Pan).

A atriz Leandra Leal foi uma das que se manifestou favoravelmente à greve. “#EuApoioAGreveGeral pq sou contra essas reformas que acontecem sem debate e transparência, orquestradas por uma classe política corrupta”, escreveu. Já o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) tuitou contra as paralisações e acusou o PT de inflar o movimento: “Os petralhas saíram pra guerra hoje, inclusive aqui no Twitter. Mas não consigo que unzinho sequer me responda: qual direito foi retirado?”

Impeachment

Uma das protagonistas do processo de impeachment de Dilma Rousseff, a jurista Janaína Paschoal, também se manifestou no Twitter: “Os verdadeiros trabalhadores estão sendo constrangidos e agredidos. Greve é direito; obrigar os outros a aderir é crime!”.

O vídeo do subprefeito de Pinheiros, Paulo Mathias, dizendo que as greves deveriam acontecer em dias de folga não caiu bem nas redes sociais. O internauta Luis Eduardo Galdino enviou mensagem para o próprio Mathias: “Sou a favor da greve mas não em dia de trabalho! Saber o significado das palavras é fundamental!”. Depois, o subprefeito afirmaria que “talvez tenha se expressado mal” e que estava referindo-se a “paralisações”.