O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, demonstrou apoio à Lei de Escolha Financeira (Financial Choice Act), aprovada na Câmara dos Representantes na semana passada, que revoga grande parte da lei Dodd-Frank de regulação financeira. O projeto, agora, foi encaminhado para o Senado, onde deverá ser diluído devido à necessidade de atrair votos democratas para a sua aprovação.

Sabatinado em um comitê da Câmara, Mnuchin afirmou que os EUA precisam de menos regulações para fazer com que haja um maior crescimento econômico. As regulações financeiras americanas também foram tema de uma conversa entre ele e a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen, segundo o secretário.

Mnuchin também comentou sobre a proposta de orçamento para o ano fiscal de 2018. “O presidente Donald Trump deixou claro que a segurança dos americanos é uma prioridade e o nosso orçamento mostra isso. Tivemos que fazer escolhas muito difíceis em relação ao orçamento”, comentou Mnuchin. O aumento nos gastos com despesas militares e as diversas sanções anunciadas desde janeiro dão ênfase a essa prioridade do presidente americano, na visão do secretário, o qual afirmou que os cortes propostos foram feitos para assegurar a segurança do país. Ele afirmou, ainda, que o Congresso precisa ajudar o governo a simplificar o sistema tributário aprovando a reforma proposta pela Casa Branca.

Questionado sobre as relações comerciais dos EUA e a saída do país de acordos como a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), Mnuchin disse apenas que “Trump apoia o comércio, mas o comércio livre e justo”. Outro assunto brevemente tratado durante a sabatina foi a política dos EUA com outros países. Em relação a Cuba, Mnuchin afirmou que “a política está sob revisão”. Já sobre a política de sanções, o secretário não comentou sobre uma possível retirada das medidas contra a Rússia, mas ressaltou atitudes do governo contra a Coreia do Norte, o Irã e a Síria.