A Gol registrou prejuízo de R$ 30,2 milhões no quarto trimestre de 2016, um recuo de 97,3% na comparação com o resultado também negativo de R$ 1,130 bilhão no quarto trimestre de 2015. No acumulado do ano de 2016, a empresa ficou com lucro de R$ 1,102 bilhão, contra prejuízo de R$ 4,297 bilhões em 2015. Já o prejuízo líquido depois da participação minoritária somou R$ 102,9 milhões de outubro a dezembro de 2016, um recuo de 91,3% contra o mesmo intervalo de 2015. Em 2016, a Gol fechou com lucro líquido de R$ 851,5 milhões depois da participação minoritária, contra prejuízo de R$ 4,460 bilhões em 2015. O Ebit ficou positivo R$ 198,2 milhões no quarto trimestre de 2016, contra um Ebit negativo de R$ 95,3 milhões no mesmo período do ano anterior. Em 2016, ficou positivo em R$ 696,5 milhões, ante negativo de R$ 183,8 milhões em 2015. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 320,1 milhões de outubro a dezembro do ano passado, 14 vezes acima do Ebitda de 2015, que foi de R$ 21,7 milhões. No total de 2016, o Ebitda cresceu quase cinco vezes ante 2015, para R$ 1,144 bilhão. O Ebitdar somou R$ 440,5 milhões, alta de 10,4% na comparação com o quarto trimestre de 2015. Em 2016, foi de R$ 2,141 bilhões, alta de 60,3% contra 2015. De outubro a dezembro de 2016, a receita operacional líquida atingiu R$ 2,664 bilhões, alta de 0,5% contra igual intervalo de 2015. No acumulado do ano, a receita somou R$ 9,867 bilhões, avanço de 0,9% contra 2015. Projeções A Gol também divulgou projeções para indicadores operacionais e financeiros no primeiro trimestre de 2017 e no exercício anual. Foi alterada a previsão de margem operacional (Ebit), de 5% a 7% em 2017 para uma faixa de 6% a 8%. Conforme o documento, foram mantidas as perspectivas preliminares para o ano nos itens: frota média, de 115 aeronaves; variação na oferta (ASK) de 0% a queda de 2%; variação nos assentos totais, de retração de 3 a 5%; volume de decolagens, queda de 3 a 5%; e taxa de ocupação média, de 77% a 79%. A novidade é que o documento agora apresenta uma faixa estimativa para margem Ebitda, de 11% a 13%, e projeções para o primeiro trimestre. A companhia aérea espera taxa de ocupação em torno de 80%, com yields de passageiros na faixa de 24 centavos. “Em janeiro, a GOL teve taxa de ocupação de 83%, e fortes reservas futuras para fevereiro e março”, diz no informe de projeções. Ainda sobre os três primeiros meses de 2017, o guidance para CASK ex-combustível é de 14,5 centavos, e um aumento dos preços de combustível para aeronaves que deve se refletir em alta dos custos com combustível por ASK de 7,5%. Levando em conta um “fraco ambiente econômico brasileiro”, a companhia ressalta que a expectativa é de redução da capacidade (0 a -2%). A projeção de yield é crescer no ano cerca de 6%, “principalmente devido ao aumento na tarifa média, parcialmente compensado pelo aumento na distância média de voo, e o RASK deve ter um aumento na faixa de 7%”. Deve ficar praticamente estável ante 2016 o CASK ex-combustível em cerca de 14 centavos, mas os custos com combustíveis por ASK devem aumentar em torno de 18% no ano, diante do aumento dos preços do petróleo.