A General Motors informou que seu lucro líquido recuou a US$ 1 bilhão no primeiro trimestre, uma queda de 60% na comparação anual, diante de custos de reestruturação na Coreia do Sul e de uma queda na produção nos Estados Unidos. Ainda assim, a montadora superou a previsão de lucro dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. O lucro operacional excluindo-se fatores pontuais ficou em US$ 1,43 por ação, acima da previsão de US$ 1,24. Às 8h35 (de Brasília), a ação da General Motors recuava 2,39%.

No primeiro trimestre do ano passado, o lucro líquido havia ficado em US$ 2,6 bilhões. O resultado refletiu custos de reestruturação de quase US$ 1 bilhão, em grande medida relacionado às operações na Coreia do Sul, onde a montadora fechou uma fábrica e negocia ajuda do governo para continuar a operar.

A receita da companhia teve queda de 3% na comparação anual, a US$ 26,1 bilhões, acima da projeção média dos analistas, de US$ 34,6 bilhões.

Executivos da GM haviam sinalizado em fevereiro que os resultados do primeiro trimestre seriam relativamente fracos, em grande parte com cortes na produção norte-americana relacionada a trabalhos feitos para preparação de um lançamento de novos modelos de picapes. A GM produziu cerca de 809 mil veículos na região no trimestre, queda anual de 8%, segundo a WardsAuto.com.

A empresa disse também que preços mais altos de commodities e custos relacionados com o redesenho dos caminhões pesaram nos resultados. A montadora faz a mais abrangente reformulação em suas grandes picapes – Chevrolet Silverado e GMC Sierra – em duas décadas, o que exigiu pausas nos trabalhos em três fábricas na América do Norte.

Os custos mais altos e a produção perdida levaram o lucro operacional na América do Norte a 8%, abaixo da meta de 10% que a companhia vinha batendo em trimestres recentes. A GM disse que planeja terminar o ano acima desse nível na região e reafirmou sua projeção de lucro de 2018 na faixa de cerca de US$ 6 por ação. Fonte: Dow Jones Newswires.