A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai realizar a venda de sua fatia de 43% na Light Energia, a geradora ligada à distribuidora fluminense, como parte de seu programa de desinvestimentos. As negociações societárias já estão em andamento com a Aliança Geração de Energia SA, joint venture entre a própria estatal mineira e a Vale. “Esse projeto está bastante avançado, bastante estruturado”, afirmou o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Cemig, César Vaz de Melo Fernandes.

Segundo ele, depois da Taesa, esse é o ativo mais fácil de monetizar dentre os nomes listados no programa de desinvestimentos. “Essa venda é mais simples que uma M&A (fusão e aquisição, na sigla em inglês), porque a Vale, sócia na Aliança, tem interesse”, comentou. A Vale também atuaria na operação incluindo ativos de geração que possui e não fazem parte da Aliança, sinalizou o executivo.

Perguntado se com a venda da Light Energia a oferta subsequente de ações (follow on) da Light estaria descartada, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Adézio de Almeida Lima, afirmou que neste momento a venda da operação de geração é mais importante que a oferta de ações. “Follow-on na Light não está descartado, mas objetivo agora é vender geração”, disse.

Ele lembra que sem a atividade de geração, a Light ficará focada na distribuição, o que pode contribuir para a melhora da avaliação da empresa, porque a operação ficaria mais visível.

Além da Light Energia, podem fazer parte da operação com a Aliança outros ativos de geração, como a participação nas usinas de Cachoeirão, Pipoca e Paracambi, que têm juntas um valor patrimonial de R$ 127 milhões.