Milhares de pessoas acompanharam, nesta quinta-feira, o funeral de Otto Warmbier, estudante americano repatriado na última semana da Coreia do Norte, onde passou 18 meses detido.

Cerca de 2.500 pessoas participaram da cerimônia no colégio onde o estudante, que morreu nesta segunda-feira, aos 22 anos, cursou o ensino médio.

Ao som de uma gaita de foles, parentes do jovem carregaram seu caixão até o carro fúnebre, que o levou a um cemitério em sua cidade-natal, Cincinnati, em Ohio, onde foi enterrado.

Condenado pela Justiça norte-coreana a 15 anos de trabalhos forçados pelo roubo de um cartaz de propaganda de Pyongjang, Otto Warmbier foi repatriado em 13 de junho, com lesões cerebrais decorrente de uma parada cardiorrespiratória, segundo os médicos que trataram dele em Cincinnati.

A morte de Warmbier acirrou as já elevadas tensões entre Washington e Pyongyang, com a corrida armamentista de pano de fundo.

Donald Trump denunciou o “regime brutal” da Coreia da Norte e afirmou estar determinado a “impedir que inocentes sofram tragédias como esta”.

Após uma reunião, em Washington, de funcionários de alto escalão dos Estados Unidos e da China, aliada de Pyongyang no Conselho de Segurança, o chefe do Pentágono Jim Mattis prestou homenagens ao jovem. Ele afirmou que sua morte “está além da compreensão” e destacou a “frustração do povo norte-americano em relação a um regime que provoca, provoca e provoca”.

O senador de Ohio Rob Portman denunciou à imprensa, antes do funeral, as “apavorantes” condições da prisão de Otto Warmbier na Coreia do Norte. “Ele não deveria sequer ter sido preso”, disse, e completou advertindo que “os norte-coreanos precisam prestar contas.