A operação brasileira da fabricante de rolamentos NSK, centenária empresa japonesa com receita global de US$ 9 bilhões no ano passado, está chamando a atenção da matriz. Há cerca de três anos, os executivos nipônicos foram alertados para o provável impacto negativo da recessão econômica nos resultados da empresa. Curiosamente, o efeito foi outro. Desde 2015, o faturamento cresce a um ritmo de 15% ao ano, segundo o presidente Carlos Storniolo. “Além de acelerar nossas receitas, conseguimos ampliar de 24%, em 2013, para 27% a nossa fatia no Brasil, um mercado que movimenta R$ 400 milhões”, comemora o executivo.

Qual é a receita?

Não por acaso, a cúpula da NSK tem visitado o País para entender melhor o que está acontecendo. “Qualquer movimento brusco de crescimento ou queda, com percentuais de dois dígitos, sempre surpreende os japoneses, acostumados com oscilações mais suaves”, diz Storniolo. Qual é o segredo, afinal? Segundo o presidente, um foco maior nas exportações, que triplicou para os Estados Unidos entre 2014 e 2016, e no fortalecimento de parcerias com montadoras que estão sendo menos afetadas pela crise, como Honda e Toyota, foram os pilares desse desempenho.

(Nota publicada na Edição 1014 da revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo e Márcio Kroehn)