Neste fim de semana, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, está em Nanquim, na China, para participar da 7a Reunião dos Ministros da Agricultura dos Brics, sigla para o bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Mas, antes mesmo da reunião começar, recebeu do governo chinês uma ótima notícia. Até julho, a China vai apresentar uma lista com as empresas frigoríficas brasileiras aptas a exportar ao país. Os chineses vão escolher entre as 89 unidades brasileiras que já pediram habilitação para a tarefa. O potencial é gigantesco. O Brasil ainda manda pouca proteína animal para o país asiático. Detém apenas 30% das importações de carne bovina e 3,8% de carne suína. A exceção é o frango, com 82% das importações. No ano passado essa compra chinesa rendeu às indústrias brasileiras US$ 1,8 bilhão, para 700 mil toneladas, muito aquém do complexo soja. No ano passado, os chineses consumiram 38 milhões de toneladas de produtos desse complexo, pagando por eles US$ 14,4 bilhões.

(Nota publicada na Edição 1023 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Gabriel Baldocchi, Hugo Cilo, Márcio Kroehn e Vera Ondei)