A inflação de serviços diminuiu o ritmo de alta em fevereiro para 0,36%, depois de 1,82% em janeiro, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Segundo o coordenador do Índice Geral de Serviços (IGS) da Fipe, André Chagas, o arrefecimento reflete o fim dos impactos dos reajustes típicos do início do ano letivo. Nesta leitura, o grupo Educação atingiu 0,15%, após 7,43% em janeiro.

Em contrapartida, o efeito do aumento médio de 16,34% do imposto predial (IPTU) fez o grupo Habitação fechar fevereiro em 0,60%, na comparação com deflação de 0,08% no primeiro mês do ano. Apesar de não contar mais com o impacto da alta de IPTU, Chagas adianta que o grupo será pressionado este mês pela volta da bandeira amarela nas contas de luz, que tem cobrança de taxa extra.

Além disso, a despeito da recessão, preços de serviços como reparo no domicílio (1,52%) estão avançando e não dão sinal de alívio. “Gastos com saúde também são outro tipo de serviços que seguem imunes à crise”, disse. Em fevereiro, o grupo Saúde registrou alta de 0,94%, ante 0,92% em janeiro.

Já os conjuntos de preços de Alimentação fora de casa (de 0,46% para 0,11%), Transportes (de alta de 0,13% para -0,08%) e Despesas Pessoais (de alta de 0,57% para -0,30%) perderam força e também ajudaram no arrefecimento do IGS em fevereiro ante janeiro, conforme a Fipe.