O endividamento das famílias americanas alcançou um novo recorde no segundo trimestre, superando um pico registrado no início da crise financeira mundial, anunciou o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) de Nova York, nesta terça-feira.

A 12,8 trilhões de dólares, a dívida das famílias cresceu 1,2% ante o fim do terceiro trimestre de 2008, de acordo com o último relatório trimestral.

Os empréstimos totais subiram 15,1% em relação ao mesmo período de 2013.

As hipotecas são responsáveis pela maior parte dos empréstimos, 8,7 trilhões de dólares, uma alta de 64 bilhões em relação ao primeiro trimestre deste ano.

O empréstimo para compra de veículos aumentou 23 bilhões de dólares no primeiro trimestre, a 1,2 trilhão, enquanto o crédito de consumo ganhou 20 bilhões, a um total de 784 bilhões de dólares, o mais alto nível dos dois desde o fim de 2009.

Os empréstimos para educação ficaram estáveis, a 1,3 trilhão.

A taxa de encerramento se manteve baixa em padrões históricos e a taxa default ficou estável, disse o relatório, com 244 mil mutuários em default, quase o mesmo que no segundo trimestre do ano passado.

No fim de junho, 4,8% das dívidas a pagar, 612 bilhões de dólares, foram declarados em moratória, dos quais 411 bilhões estavam inadimplentes há mais de 90 dias.

Contudo, o default em cartões de crédito subiu pelo terceiro trimestre seguido, uma tendência não observada desde 2009.