Seis entidades patronais fazem uma forte defesa da reforma trabalhista em tramitação no Congresso. Em audiência na Câmara, representantes de várias entidades defenderam a necessidade de modernizar a legislação trabalhista para proteger empregos em um momento de crise e para dar mais segurança jurídica para os contratos entre patrões e empregados.

Entidades como a Confederação Nacional do Transporte (CNT), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) defenderam a aprovação do texto em tramitação na Câmara com o principal argumento de que a mudança dinamizará o mercado de trabalho em um momento de crise econômica.

Aos deputados, representantes das várias entidades ressaltaram a importância de modernizar as regras para tentar criar novas oportunidades de emprego em um momento como o atual, de recessão e aumento do desemprego. O presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan, notou, porém, que é importante que o debate sobre a reforma tenha como horizonte o longo prazo como uma mudança estrutural e não conjuntural com objetivo apenas de reagir à crise atual.

A representante da CNT, Danielle Bernardes, reclamou das atuais normas consideradas demasiadamente rígidas e muito protetivas. Para a assessora da área trabalhista da entidade, o debate deveria ser focado na proteção do emprego e não do trabalhador. “Para proteger o emprego, é preciso proteger a empresa”, disse.

A defesa da reforma passa ainda pela lembrança de que o projeto em tramitação não prevê a retirada de direitos dos trabalhadores. “Não se trabalha com redução de direitos, mas para fazer com que eles sejam negociados. Buscamos a liberdade e a segurança de acordar o que nos é permitido”, disse o assessor jurídico da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS), Alexandre Zanetti.