O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que vê com absoluta relevância ter uma estrutura de governança corporativa. “Hoje em dia, qualquer empresa, especialmente de capital aberto, com acionistas minoritários, deve dar atenção permanente e respeitar os minoritários”, disse, durante o 19º Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais promovido pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

O executivo aproveitou a ocasião para lembrar que, atualmente, nenhum diretor pode mais tomar decisões isoladas. Lembrou ainda que a Petrobras foi a primeira empresa a buscar adesão ao programa de destaque em governança de estatais, da B3. “Temos orgulho de termos sido a primeira. A B3 está avaliando a emissão do certificado”, relatou.

A respeito do tema governança, Parente disse que “não há menor condição de dizer” se em algum dia a Petrobras chegará a ter apenas uma classe de ações. “O que buscamos neste momento são as condições para nos adequar ao nível 2 de governança”, relatou.

Questionado por um participante do evento sobre eventual privatização da empresa, o executivo disse que não é uma possibilidade que atende aos interesses da companhia neste momento. Segundo ele, trata-se de um tema passional, com pessoas favoráveis a um lado e outras que defendem outro ponto de vista.

Além disso, ele relatou que não é o fato de a empresa ser estatal que significa que vai dar tudo errado nem de ser privada que vai dar certo. “Temos exemplos de empresas privadas que deram errado”, disse.