O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, disse nesta segunda-feira, 8, que a eleição de Emmanuel Macron para presidente da França no domingo foi importante para as negociações em curso do Mercosul com países da União Europeia e as negociações do próprio Brasil com a Europa.

“É importante ressaltar que nós aguardávamos com muita ansiedade as eleições que aconteceram ontem na França porque poderia ser um sinal que viria a prejudicar o andamento do acordo do Mercosul com a UE. Mas a análise que fazemos, ainda preliminar, é de que não haverá maiores dificuldades com o presidente eleito da França na data de ontem”, afirmou Pereira.

O ministro disse que ainda há uma eleição sensível na Europa apara ocorrer, ao se referir à eleição na Alemanha em setembro. A preocupação existe porque o Brasil pediu à Europa que aumente a cota de importação adotada pelo Velho Continente à carne bovina, ao etanol e ao açúcar brasileiros.

“Esses temas são sensíveis sobretudo na França e na Irlanda. Por isso, essa eleição na França ontem foi muito importante para que essas negociações continuem avançando”, comemorou Marcos Pereira.

Ele ressaltou que uma das suas metas é aumentar a participação do Brasil no comércio mundial. Segundo ele, o Pais ocupa a posição de 9.ª economia do mundo, mas está em 25.º lugar em termos de participação no comércio mundial. “Nós queremos mudar este cenário”, disse.

Para ele, das dez maiores economias do mundo só o Brasil não está entre os dez com maior participação no comércio global. Isso, de acordo com Marcos Pereira, só será mudado com as reformas que darão maior competitividade às empresas brasileiras.

Para o ministro do MDIC, a retomada no curto prazo da produção industrial já é uma realidade mostrada pelos dados do primeiro trimestres. “Nós queremos aumentar os níveis de emprego e renda. Queremos inserir o Brasil nas cadeias produtivas globais porque não é admissível que seja mais barato para o Chile importar veículos da Europa e dos EUA e para a Colômbia importar veículos da Ásia do que do Brasil”, disse, durante evento do Secovi-SP.