Desde que a Operação Lava Jato teve início, a EDP Brasil, que atua nas áreas de geração, distribuição, comercialização e soluções em energia elétrica, decidiu criar uma espécie de rating para avaliar tanto executivos contratados para posições chave da companhia como para quem for convidado a fazer parte do seu Conselho. A empresa realiza um levantamento completo da carreira e da atuação do profissional.

Essa verificação do histórico tem ajudado na escolha de pessoas comprometidas apenas com o desenvolvimento do negócio. “É claro que não é uma garantia de que algo de errado não acontecerá”, diz o CEO Miguel Setas. “Mas é uma maneira de nos certificar que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.”

Novos negócios

Miguel SetasFoto: Silvia Zamboni/Valor

A EDP também acrescentou mais uma área de atuação no Brasil. A filial da empresa portuguesa de energia conquistou quatro concessões de transmissão e foi a maior vencedora em volume de investimentos previstos. Pela estimativa da Aneel, serão cerca de R$ 3,6 bilhões. Setas, porém, acredita que seja possível concluir as obras com R$ 3 bilhões. O CEO afirma que esse foi o momento certo para a empresa entrar num segmento que ainda não fazia parte do portfólio de seus negócios no País. “Antes, os retornos giravam em torno de 9%”, diz ele. “Agora, nossa expectativa é alcançar entre 12% e 13%.”

(Nota publicada na Edição 1017 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Cláudio Gradilone, Hugo Cilo e Márcio Kroehn)